domingo, 25 de outubro de 2009

O que de mim ainda resta


Você que tantas vezes bebeu meu gozo
Que viu meu peito arfar de tanto ardor
Que roubou-me o ar com sua boca
Devorando-me até a última gota de amor.

Agora, mostra-se como uma cabeça oca
Sem lembrança, jogada na existência com pavor
Amarre meu pescoço, condene-me a forca
Só não me deixe existir, morrendo de dor.

Volte para os meus braços, Bela reluzente
Ilumine a minha vida, com esse ar contente
Roube essa alma, deste corpo já ausente.

Beije-me como se ainda me amasse
Engane-me, como se ainda restasse
Um pouco de mim na sua mente.

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