quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A noite


Oh! Noite interminável,
quente, salgada, incômoda
Tira esse meu rosto amável
E afogue-o numa onda.

Mostre-me, oh! Noite longa
De uma vez, sem demora
A minha verdadeira face
Aquela que eu fui, outrora.

Oh! Noite cruel,
Traga-me a doce aurora
E reflita neste céu
a máscara que tenho agora.

Diga-me a verdade,
Oh! Noite sofrida
Desvele minha maldade
e a bondade fingida.

Oh! Noite escura,
esconda qualquer ternura
que exista em minha vida.

Traga um furacão,
entorpeça-me de paixão
cure-me desta ferida.

Livre o meu passado
daquela sensação oprimida
dê-me a liberdade
aquela que foi perdida

Deixe-me amar de verdade
aquele que por pura maldade
trouxe-me de volta a vida.

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