quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Sol


Você prevaleceu no meu horizonte
como algumas estrelas que teimam
ainda por muito tempo,
em se instalar no céu
mesmo depois de anoitecer.

E eu te admirei em cada mísero detalhe
cada sorriso triste
cada vício que te matava
cada loucura que só por mim você fez
cada madrugada.
Todas as conversas,
das ambíguas
às mais diretas.

E te amei por isso.

Por todos os poemas
e noites mal dormidas.
Por ter me feito alguém melhor
e também pior.
Por compartilhar segredos indizíveis
e sensações mal explicadas.
Por não esquecer da sua essência
(ou existência).
E fatalmente pela pele marcada.

Mas, principalmente,
por ser tão diferente de tudo
e de todos, que seu brilho
acabaria ofuscando outros
por tempo indeterminado.

Como aquele Sol capaz
de apagar todo e qualquer brilho
de outra estrela longínqua no céu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário