quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Espelho


E cada vez que eu me deparo
com sua imperfeição
surpreendo-me por não
encontrar um real motivo
para deixá-lo.

Minha frustração me repugna
e eu gostaria de não ligar tanto
para as frivolidades da existência.

Se sua companhia bastasse
sua devoção
seus poemas
suas noites
perturbadas e insones
seus risos abafados,
tudo aquilo que duvido
em mim
mudaria de rumo
e talvez eu depositasse em você
meus últimos sentimentos
meus últimos suspiros
meus últimos poemas
meus últimos ciúmes
meus últimos risos
e meu último amor.

Mas, não sei se por ora
isso que você é
simplesmente me basta.

Estive perto de deixá-lo,
mas não sei dizer se foi por mim
ou por aquilo que as pessoas
queriam que eu fosse.

Odeio quando você me reflete
assim, cheio de imperfeições
porque é exatamente nessa hora
que eu finjo ser perfeita
sem sucesso algum.



08/12/2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário