sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tuas cores


Cor sim, cor não
essa foi a primeira impressão
daquilo que superficialmente
percebi em você.

Além das cores, de repente
havia sutileza e poder
na voz, nos gestos escondidos
para que ninguém pudesse te ver.

E ninguém te viu,
porque te escondias
tão sorumbático dentro de si
que as cores pareciam frias.

Até o surgimento do fogo,
que ardeu nos meus olhos
fazendo-me ver: o jogo
e as cores que estaria sujeita
se acaso sucumbisse.

Então tu te mostrastes aparente
como um sonho enevoado
multiplicado pelas cores do passado
e materializado, ainda que ausente.

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