quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sombra



Encontro-te onde não te procuro
nas pequenas coisas e nas gigantes
és o meu superego, meu amante
meu vasto céu noturno, brilhante e escuro.

Perco-te onde não te deixo
nas ruas vazias, na praça lotada
quase esqueço de mim, cansada
e por pouco não lamento o desleixo.

Escuto-te quando te calas
sua voz permanece em minha mente
dizendo-me que quando ausente
através de mim a todos, tu falas.

Vejo-te onde não estás
sua sombra segue incessante
Ah! Meu cavaleiro errante
certeiro em seu delirio audaz.

Faças de mim tua amazona
por tempo indeterminado
ainda que eu não seja capaz.

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