quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Meu riso
Seu amor calmo e sublime
preencheu minhas dúvidas
e meus dias.
E eu ri.
Ri,
como se acha graça
das pernas finas
de certas moças,
ou de mexicanos
desajeitados
e imberbes.
Ri de tudo.
Do seu amor infantil
da sua certeza latente
e da sua proteção acolhedora.
Ri até do seu jeito correto,
do seu olhar atento
dos seus elogios diretos.
Ri da sua risada
desencadeada pelo meu riso.
E então eu ri.
Como se toda felicidade
do mundo pudesse
se concentrar
no exato momento
em que você desencadeia
todas as minhas risadas.
Porque é por você
agora
que eu rio.
Como não fazia há séculos
como eu já havia me esquecido.
Porque o riso que você provoca
não é aquele riso
completamente fugaz.
É o riso da alegria
incontida e capaz
de motivar toda a minha vida
e mais;
de curar velhas feridas
que já não me doem;
jamais.
Porque você, meu amor
detém minha risada
mais sincera
mais alegre
mais bela
e exclusivamente sua.
E talvez ainda
nem saiba
muito bem disso.
28/12/2009
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